O Fundador do Escotismo escolheu patronos para os Ramos que criou. Como
era próprio para a época e o lugar onde o Escotismo foi criado, ele
escolheu nomes de "santos" para isso. Para o Ramo Escoteiro, o primeiro a
surgir, optou por "São" Jorge. A justificativa para isso ele fez no
capítulo VII do livro "Escotismo para Rapazes", quando se refere aos
Cavaleiros da Idade Média, fazendo analogia de suas qualidades com o que
se espera dos escoteiros.
Ele explicou que os cavaleiros "tinham como padroeiro a São Jorge,
porque era, de todos os santos, o único cavaleiro", concluindo que São
Jorge era "também o padroeiro dos Escoteiros em toda a parte", e
completa falando da lenda do combate ao dragão, com o texto abaixo:
"Esta é exatamente a maneira pela qual um Escoteiro
deve enfrentar um perigo ou uma dificuldade, por maior os mais
assustadora que pareça ou por mal equipado que esteja para a luta. Se
enfrentar a situação ousada e confiantemente, usando toda a sua força
para superá-la, a probabilidade é que se saia bem.
O dia de São Jorge é 23 de abril. Nesse dia, todos os
bons Escoteiros fazem questão de meditar sobre a Promessa e a Lei
Escoteira. Lembre-se disso no próximo dia 23 de abril e envie suas
saudações aos irmãos Escoteiros do mundo inteiro."
Hoje em dia, mesmo sem o caráter de "santo", Jorge da
Capadócia continua sendo o patrono dos Escoteiros, e o dia 23 de abril
comemorado como o Dia do Escoteiro em grande parte do mundo.